sábado, 26 de outubro de 2013

O vazio
Que eu tento preencher
Com noites mundanas, perdida nas ruas
Está aqui
Carecendo de algo que não posso ter
Algo que nunca tive



Você.

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Logo eu que acreditava que nunca mais iria postar aqui.
O bom filho à casa torna.

-

When I first saw you I thought
Look at that boy
I'm going to love him forever
I never doubt it
Not even for a second

I gave up everything
I had a life I threw away
I didn't mind that at all
All I wanted was to be with you

I tried to be the best I could
I tried to unchain you and to show you
That someone could really love
And care about you

Now we are apart
(It's all over, all lost now)
There's something broken for me
(It's all over, all lost now)
Not for you, because you never cared

So that's my grief
That's my grief
That's my grief

I wanted to walk through the city lights
Holding hands with you
Talking nonsense
And kissin every minute

I wanted to share a life with you
To wake up in the morning and watch you sleep
Everytime I had you inside me was a bliss
It was a bliss to be with you

Now we're apart
I'm broken and you are ok
You're gone but you still in my heart

And that's my grief
That's my grief
That's my grief.

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

'Cause baby we were born to live fast and die young,
Born to be bad, have fun,
Honey, you and me can be one,
Just believe, come on.

'Cause baby we were born to be bad,
Move on,
Built to go fast,
Stay strong,
Honey, you and me and no one,
Just believe,
Come on.

I remember when I saw you for the first time,
You were laughing,
Sparking like a new dime,
I came over,
“Hello, can you be mine?”,
Can you be mine?
Can you be mine?

domingo, 16 de junho de 2013

The first time I saw you I thought: 

Look at that boy. I'm going to love him forever. 

I knew it. I knew it all along. At the very first moment I saw your face, I knew it was meant to be trouble. I never doubt it. Not even for a second. 

domingo, 9 de junho de 2013

Jingle Jangle Morning : eu fico revoltada
não é te mandar um buquê de flores ou um anel de diamantes
é só ser o mínimo.

Lost Kitten: sim 
é que pra eles
fazer algo assim
traz outros 1000 significados
e as pessaos tem medo de significados
e por isso a coisa não anda

Jingle Jangle Morning: ISSO, exatamente isso!!
teorias de um domingo à tarde, adoro!
FENÔMENO
HUEHEUHA

Lost Kitten:  UAHUAHAUHAUHAUAH
é isso mesmo, amor
mas lu
uma coisa que aprendi
é sempre estar dos dois lados da moeda

Jingle Jangle Morning: e como isso funciona?

Lost Kitten: você não aprisiona o sim
e não teme o não

Jingle Jangle Morning: tipo
não "vestir" o não?

Lost Kitten: mais no sentido de
perceber que não temos nenhum controle sobre as coisas
tudo que a gente acha que decide
já foi decidido pelo nosso condicionamento
antes do pensamento "eu decido" surgir
então tudo é consciência agindo, ou "Deus sendo"
ou whatever you wanna call it

Jingle Jangle Morning: why don't you write a book?

Lost Kitten: pq esse ensinamento é o advaita vedanta
já descobriram isso
desde os tempos de shiva
há mais de 5000 anos
kkkkkkkkkkkkk
mas como sempre o homem escolhe o que lhe convém
e o que lhe convém é o prazer e a fuga da dor
por isso 6 bilhões de pessoas estão hoje
tentandod e todo jeito não sofrer
e adquirir mais mais mais mais mais mais prazer
de todas as formas
além disso só há silêncio
a vida totally MEANINGLESS
qualquer sentido está BOUND TO frustration


Jingle Jangle Morning: "QUALQUER SENTIDO ESTÁ BOUND TO FRUSTRATION"
perfeito
PERFEITO
você deveria ler Freud um dia na sua vida. Deveria mesmo!

Lost Kitten: kkk lu, é a coisa mais simples e óbvia da nossa realidade 
só que
 a imaginação adora criar histórias
por isso todos buscam clímax
pra suas vidas frustradas
"ai um dia vou me iluminar"
"um dia o cara certo aparece"
e nao tem nada de errado com isso
pq errado é outro conceito
lu, perai, volto em 5 minutim! ficaiiiiiiiiiiii!

Jingle Jangle Morning: Okk, amor! 

Lost Kitten: backei
tive que trocar uma lâmpada
sou o homem da casa
HAHAHAHAHAHHAHAHA

Jingle Jangle Morning: hey! continue! HEUHEUHUA

Lost Kitten: é assim lu
eis o segredo:
on the path to enlightenment,
you need to get out of your own way
mas tudo que chamam de iluminação hj
é um desejo bobo
que monges e pessoas tem
de dar fim às suas histórias que seus próprios egos julgam equivocadas
como eu postei ontem
what if you knew that all the attempts of the human intellect were bound to fail? How would you feel if you knew imagination is the key to certain failure? what if you knew you're totally free from it? what if you knew you were nowhere to be found; you're simple, pure awareness?

~

<3

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Eu deveria estar calejada, mas eu ainda sofro quando as coisas saem exatamente o oposto do que eu esperava. É complicado, parece que eu nunca vou aprender algumas lições e acabo cometendo erros semelhantes. Mas não é por mal ou de propósito, isso eu tenho certeza. 

Na verdade, nem sei se são erros de fato. É apenas uma tentativa gritante de preservar a minha essência, aquela lá que tanto prezei um dia, mas que não sei mais se significa algo.

Eu agi com o coração, te juro. Mas no final das contas, acabei fazendo o que eu não queria de jeito nenhum: te espantar. 

De qualquer forma, já te dei todos os caminhos, chaves e direções para me encontrar. Se algum dia você quiser, basta recorrer a eles. Eu costumo mudar de lugar, mas as estradas e fechaduras são sempre as mesmas. 

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Eu ainda me lembro daquelas manhãs quase viradas, quando eu ligava a TV no Vh1 e passavam aqueles clipes diferentes. Always Where I Need To Be, do Kooks, foi uma das músicas que marcaram aqueles momentos. De tão cansada, eu tinha enorme dificuldade para colocar a calça, mas, ao mesmo tempo, minha mente fritava um ovo alta velocidade.

 

domingo, 26 de maio de 2013

They keep asking me why am I so the way I am. Most of the time, I don't know the answer, but sometimes I have some insights.  Why am I this way? 

It's because I care too much, I surrender too much. I make the same mistake in all relationships because I think that one will be different. Okay, I don't mistake all times, there are many good people in this world, but I'm still the one who cares the most. 

I hate the fact that I am always the person who likes others more, like if someone just leaves me, it really destroys me, and I don’t really know what to do. I feel confused about everything for weeks, years even, and I don’t really know what I have done to make everyone leave me. I don’t understand how other people can just be totally okay. It’s like no matter what, I am always the one that hurts the most, and that really sucks. 


If you don't fucking mean it, don't fucking do or say it. 

sábado, 18 de maio de 2013

O final da minha adolescência foi tão triste, tão melancólico e tão doído que foi até bonito. 

A minha dor dilaceradora se tornou serena no momento em que descobri que não haviam formas de remediá-la. 

Eu era um pobre ser humano, completamente partido em várias metades, tentando ser um todo que nunca se firmava como base de alguma coisa. Não sei em que chão eu pisava, nem que caminho eu deveria seguir. Mas eu nunca desisti. Em nenhum momento desisti de alcançar alguma coisa - muito embora eu nem soubesse o que queria alcançar.

Eu era uma menina linda. Não importa o que digam, ou o tanto que comparem o que eu era antes e o que sou hoje. Eu era linda, sim. Não importa se eu tinha vários quilos acima do peso, se meu rosto era redondo demais, se meu cabelo era bagunçado e tinha falhas por motivos de estresse. Eu não tinha noção alguma de "estética", mas acho que tinha tantas coisas maiores para me preocupar, que isso ficava em último lugar. 

Eu era sonhadora. Sonhava com a vida. Queria que ela começasse logo. Sonhava com o mundo, com amigos que nunca cheguei a ter. Sonhava com experiências inesquecíveis e queria experiências que me fizessem queimar como fabulosas velas amarelas explodindo através das estrelas. 

Eu era pura. Por mais que levasse tapas, chutes e ponta-pés da vida, minha alma não era corrompida e eu ainda acreditava. Eu era perdida, mas acreditava que um dia não seria mais. 

Sonhava com amores. Me apaixonava a cada esquina, fantasiava, chorava ao ver filmes de romance. Deitava ao chão frio do quarto nas madrugadas e escutava Radiohead, pensando se algum dia eu teria alguém que me amasse, me esquentasse, e me completasse. Eu só queria um par de olhos para se encontrarem com os meus. Eu era romântica; falava pouco, e beijava menos ainda. 

A angústia e a dor que pulsavam dentro de mim me impediam de me sentir só. Eu não me incomodava com a solidão; era tão sozinha que até a companhia da solidão era bem vinda. 


Eu cresci. Não sou mais aquela menina.Sou uma mulher, diminuí muitos quilos na balança, meu cabelo não cai mais. Eu tenho um amor que me ensinou muitas coisas sobre o próprio amor. O tempo passa, o mundo dá voltas. Mas eu continuo só. Mas agora sou só e sou corrompida. Minha alma pura de unicórnio foi embora há muito tempo. Embora os sonhos continuem os mesmos. 

No fundo, meus sonhos são os mesmos. 

Não sou mais aquela menina.





Ou será que sou?



domingo, 12 de maio de 2013


Tô cansada. Cansada até de escrever pra você. Mas sinto que tenho essa dívida comigo e contigo. 

Você... Você é um pedaço de muitas coisas lindas de uma vez só, embora não tenha consciência alguma disso. Pouquíssimas vezes eu tive alguém na minha vida com quem eu mantivesse uma relação recíproca, e sou muito grata por, nesses tantos espamos da existência, haver você. Entre alguns arranca rabos, mas muito mais abraços e palavras de apoio, você sempre esteve ali. Talvez eu não pudesse compreender durante um tempo, mas hoje vejo - E OLHA QUE IRÔNICO ISSO! - que você sempre, sempre, sempre esteve ali.


Não sei se estou escrevendo coisa com coisa... fico um pouco emocionada em pensar em tudo o que passamos juntos, e mais emocionada ainda em ver o quanto você cresceu. Você se tornou um homem incrível, magnífico, e isso me enche de orgulho. Você sabe o tanto que eu te amo, o tanto que você é importante pra mim? Foi o que eu te disse quando não estava sóbria, mas não podia dizer maior verdade: eu te amo pra caralho, tanto que chega a me doer. Dói, dói, dói... sempre doeu um bocado, e dói um pouco mais agora. 

Você faz parte da minha vida há sete anos. Sete anos de uma amizade muito mais completa do que eu, um dia, poderia imaginar ter. E eu tive por todo esse tempo, e não sei se me dei conta antes. Tantas vezes te odiei por quase um segundo, mas depois te amei ainda mais. Amei - e vou continuar amando - nossas intermináveis conversas/reflexões/drs (ou como você quiser chamar) no msn, de madrugada; nossos desabafos, as verdades, o companheirismo que sempre existiu... O café forte que costumávamos pedir às 7:30 da manhã no Maleta, as manhãs na praça da liberdade, as mudanças bruscas de temperatura - e a sua irritante mania de não sentir frio -, as idas diárias ao ponto de ônibus depois da aula (parece tão recente, mas foi uma vida atrás, não é mesmo?), as vezes que eu me sentia feliz por você ir me visitar na nova escola...

Descobri que NUNCA usei máscaras com você. Sempre fui eu; explodi quando quis explodir, gritei, sapateei, desabafei, chorei, disse o quanto eu te amava nas vezes que tive coragem para tal... e permiti que você fizesse o mesmo. Nossa amizade sempre foi feita de reciprocidade e troca. Você também nunca usou máscaras comigo, sempre foi o que precisou ser. 

Obrigada, você é tudo isso e mais um pouco na minha vida. Obrigada, sou muito grata a tudo isso. Não vou deixar você ir embora... Se eu tiver que lutar por alguém, será por pessoas como você. 


Liga o rádio à pilha, a TV

Só pra você escutar
A nova música que eu fiz agora
Lá fora a rua vazia chora


Amo muuuito você. 
Eu sei o que é pular de um trem em alta velocidade.

domingo, 5 de maio de 2013

Eu abro meus olhos

De repente estou exatamente onde gostaria de estar. Será que isso tudo é real? É incrível como as emoções não precisam ser controladas nesse lugar, tudo o que eu sempre quis. É tudo tão cheio de vida e energia... É algo que parece ter pulado de fora da minha mente e se tornado real.

Cada detalhe é precioso. Tantos olhos que brilham, tantos toques que transmitem uma espécie de choque acalantador. É exatamente como eu gostaria que a vida fosse todos os dias, e são essas as relações que eu gostaria de poder levar comigo. Pessoas mais jovens que eu, pessoas mais velhas e pessoas muito mais velhas... mas todos são jovens de espírito. 

Estamos todos juntos. Poderíamos ser uma foto polaroid dos anos 60 ou 70, poderíamos ilustrar a capa de uma reportagem sobre um festival de música. Somos diferentes, mas temos o que mais importa em comum. 


De repente tudo se vai.
Eu gostaria que isso se mantivesse, mas já disse Budha há mais de 2000 anos: É a lei da inconstância.
De repente, nada disso existiu de verdade. É apenas o sonho do sonho. 

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Às vezes eu queria conhecer de perto alguém que fosse tão solitário como eu.

Sei que essa pessoa existe, em algum lugar, e sei também que nos daríamos muito bem. Seríamos dois seres em busca de expulsar essa solidão doente da nossa vida. atravessando a rua vazia na madrugada, só pra ver quantas luzes continuam acesas.


segunda-feira, 15 de abril de 2013

O Último Adeus


O último adeus
Vem disfarçado de rotina
Veste a carapuça da palavra
Cuspida da boca do cotidiano 

O último adeus 
Pode vir daqueles que morrem
Mas também vêm dos que vivem 
O último adeus
É o olhar daqueles que partem 

Podem partir para longe
Lá para o céu, lá para a terra
ou simplesmente 
partem para o bairro ao lado 

O Último adeus 
É a lágrima nos olhos de quem o recebe
É a dor no peito de quem fica
É a esperança na alma de quem se vai 

O último adeus está aqui 
Está em toda a parte
Esperando ser convocado 
E não tardar a se manifestar

O último adeus 
É o luto
É a falta
É o adeus mais triste

Ele carrega em si memórias
que o tempo não é capaz de apagar 
Sua costura é feita de histórias
Que a vida não pode negar

De todas as despedidas
O último adeus é a mais triste
mais triste adeus de todos,
por ser o último. 
-

Nunca pensei que teria que te dar adeus. Pelo menos, não dessa forma. Vou lutar pra elaborar isso, mas espero que você tenha muita prosperidade na sua nova caminhada. 

domingo, 14 de abril de 2013


Correr. Correr. Correr.

Essa é a minha vontade: correr até não sobrar mais nada, além de pedaços de mim desmanchando, incapazes de sentir qualquer coisa. 

Meu coração está doendo, está apertado. Sinto uma angústia do tamanho do universo. Como é possível suportar tanta coisa de uma só vez?

Gostaria de ter um refúgio, aonde eu pudesse ir quando me sentisse dessa forma. Um lugar que pudesse me abrigar e me acalantar. Mas não. Esse lugar só existe na minha mente.

Em uma semana tive que dizer adeus a uma vida. Sim, LITERALMENTE, uma vida.

Em uma semana tive que fazer algo que me dá repulsa, que eu jamais me perdoarei por ter feito. Mas sei que a culpa não é toda minha. 

Em uma semana eu perdi um pedacinho de luz que iluminava meus dias com sua doçura e serenidade. 

É tanta coisa ruim. Parece que uma puxa a outra e por aí vai. 

Sim, esse foi e está sendo meu inferno astral. Não me lembro de tantos acontecimentos ruins englobando a minha vida assim, sucessivamente. 

Mas acho que no final de tudo, amadureci uma vida em uma semana. 

sábado, 6 de abril de 2013


A mais difícil das dores é aquela que te encurrala de uma maneira que não existe saída. Se correr, o bicho pega e se ficar o bicho come. É aquela dor que te prende, que não te deixa ir e você não faz ideia do que fazer para escapar dela. Ela metralha seus ossos, esmaga seu coração e ainda debocha da cor do sangue. E o pior de tudo: é a dor que por mais que você tente explicitar, compreender, e partilhar com alguém na tentativa de buscar qualquer tipo de ajuda, você não consegue. Ninguém será capaz de te ajudar. É a dor que só quem a veste sabe como machuca. 

E não há saída. 

domingo, 31 de março de 2013

Dear Finn,

Como eu poderia imaginar
Que no pico inicial de uma vida adulta
Minha mente seria estuprada
E desenterrariam lá do fundo
Aquilo que jamais fui capaz de contar?

O tempo passado e escorrido
De uma breve vida mal vivida
Não é suficiente para ser considerado o bastante
Mas está ali, manchando minha pele
Libertando aquele universo escondido

Tu és o que vivenciei
O que imaginei
O que sonhei
O que esperei
O que amei

Amei, Finn, sem poder conhecer
Amei esperando a chegada
Idealizando o momento
Sonhando de olhos abertos
Com teus olhos descobertos

Senti na pele o arrepio do não ter
Noites escuras eu passei em claro
Esperando por teu toque, teu afago
Queria ouvir tua voz, mas só havia o vazio
O vasto vazio da não existência

Finn, te conheci tanto tempo antes
Esperei tanto tempo para que te fizesses real
E será que um dia chegarás a fazer?
Acredito que pelo menos lá dentro de mim
Tu já o és.

Sorriso escondido tão meigo
Tão doce, tão silencioso
Jovem sorriso perdido
Mesclado a um olhar fulminante
Finn, o secreto amante.

terça-feira, 19 de março de 2013

Ela tem dificuldade para dormir há muito tempo. Desde que se entende por candidata a dona do próprio nariz, passa noites intermináveis em claro. Incomodada pela falta de sono, rola pela cama ainda que o cansaço mental esteja marcando sua forte presença. Isso é um paradoxo, afinal, ela gosta de dormir. 
Quando dorme, sonha e entra em universo que pertence apenas a ela. Nesse universo, todos os componentes são palpáveis e estão ao seu alcance. O afeto é real, e ela é amada de formas tão profundas que jamais chegarão perto da realidade.

Quantos amigos incríveis e inesquecíveis ela não fez de olhos fechados?

segunda-feira, 18 de março de 2013

Cansaço.

Cansaço de existir, de subir as mesmas escadas todas as manhãs e me deparar com os mesmos assuntos estúpidos e as mesmas vozes vazias.
Cansaço de imaginar coisas que sempre existirão unicamente no meu cérebro.
Cansaço de não concretizar as coisas que eu mais gostaria; coisas simples, mas que não dependem apenas de mim, e a partir do ponto que preciso da boa vontade dos outros pra alcançar o que mais desejo, tudo vai por água abaixo.
Cansaço de esperar as pessoas acordarem e perceberem que posso ser importante para elas.
Cansaço de ouvir tanta merda, tanta bosta, tanta ladainha sem o menor sentido.
Cansaço de ser brutalmente interrompida.

Girl, Interrupted?


segunda-feira, 11 de março de 2013

Timtim por timtim

E de repente, começa a tocar aquela velha música, seguida de outras velhas músicas e mais outras... E eu me lembro de você, mais uma vez, como sempre acontece. 

Tudo o que eu queria era te deixar um bilhete na escrivaninha, perguntando como diabos você está e dizendo que estou com saudades.


Eu compreendo, fizemos um pacto de nunca mais pronunciar aquelas palavras, mas todos temos fraquezas fáceis de identificar, e essa é uma das minhas. Nossa história continua assim: estamos sempre desenterrando um ao outro. Eu te desenterro e abro um espaço para você me desenterrar também. Eu luto para manter o seu "cadáver" debaixo da terra, mas não consigo. E também não quero. 

Sabe, eu tenho ficado cada vez mais cansada desse lugar. Gostaria de aparecer na porta da sua casa, do nada, e dizer um olá. Como seria sua reação ao me ver? Nós poderíamos dar uma passeada no espaço, assistir à terra surgir e, quem sabe, começar tudo outra vez. De uma forma diferente, é claro.. Dessa vez estaríamos lá no alto, bem alto. Você sabe que eu nunca tive medo de alturas de verdade. Sempre fingi ter medo, para ser uma forma de ficar mais perto de você, de você me segurar, de sentir o seu corpo. 

O amor machuca, mister. Machuca demais, e até hoje não me recuperei das feridas que você fez em mim. Aos poucos eu consegui chegar ao ponto em que estou, e consegui fazer isso procurando meu caminho completamente sozinha. Eu te perdi tão rápido... você não sabe o quanto eu rezei todos os dias, mesmo sem acreditar no conceito tradicional de Deus, para poder me recuperar do estado em que eu estava. 

Canções para serem esquecidas, canções para serem lembradas... Mister, você sabe O QUANTO eu tentei fazer tudo certo, te manter ao meu lado e honrar você da melhor maneira possível? Acho que você nem imagina, até porque nunca se importou de verdade com o que eu tentei ou deixei de tentar. Eu sei que você vai sempre pedir pra eu não chorar, ou sofrer por sua causa, mas simplesmente não dá; você é um pedaço de mim. Você costumava me dizer que anjos nunca vão embora, mas você foi o meu anjo durante muito tempo e não se importou em partir. Me deixou aqui sozinha, esperando por você, como uma estátua abandonada em um túmulo. 

Continuo aqui, pensando em você enquanto escuto essas malditas músicas. Devo me render, perdoar ou esquecer? Eu nunca fui embora, mister, eu estive aqui o tempo todo, tentado te proteger, mesmo que de longe. E você sempre se vai. Vai uma, vai duas, vai infinitas vezes e eu permaneço com as sombras do nosso passado, podendo respirar aliviada apenas nos sonhos, quando finalmente escuto sua voz mais uma vez. Essa é a única maneira que possuo para te ver, te tocar, te sentir ou, simplesmente, ouvir a sua voz: sonhando. 

Eu não precisaria que você me carregasse debaixo de suas asas, afinal, sempre estivemos próximos ainda que fisicamente distantes, e não há nada que possa mudar isso. A nossa ligação existirá pelo resto de nossas vidas, e isso me preocupa imensamente, pois não sei o que fazer com ela. 


Você sabe que vivi durante anos sem uma vida de verdade, até que você surgiu e me mostrou o que é sentir, me fez entender o sentido da palavra sentimento. Talvez eu nem pensasse duas vezes se você me chamasse para fugir contigo outra vez, mesmo sabendo que jamais terei certeza sobre nada vindo de você. 

O tempo vai passando, eu vou crescendo, e a ferida que você fez dentro de mim descama diversas vezes por ano. E são nessas horas que sinto o coração bater forte ao me lembrar de tudo. É estranho como a primeira música que você me apresentou, na primeira vez em que conversamos, conta toda a história que aconteceria com nós dois. EXATAMENTE a mesma história, timtim por timtim. 


De vez em quando eu queria que você estivesse aqui; sinto sua falta e preciso de você de algumas formas. Mas o que me resta é te observar através do vidro. 

sábado, 9 de março de 2013


Hoje é dia 05 de Março de 2013, são exatamente 20:54 e eu tenho 21 anos. Há poucas horas, recebi a notícia de que Hugo Chávez faleceu. Chávez, aquele polêmico líder da Venezuela, que transformou o mundo em uma nação de opiniões. Há muito tempo, quando tinha por volta de 14 anos, eu costumava participar de uma comunidade no "Orkut" a favor do ex presidente venezuelano, mas pouco depois- quando compreendi melhor suas ideias- mudei de opinião e não mais aclamei seus ideais como político.

O metrô está relativamente cheio, mas ainda há lugares vazios (o que seria impossível se eu estivesse aqui 1 hora atrás). Algumas pessoas falam sobre Chávez, algumas conversam ao telefone, outras batem papo com quem está ao seu lado. Mas a maioria, assim como eu, está escorada, suada e cansada. Apesar do cansaço, gosto de andar de metrô. Gosto, principalmente, das luzes da cidade que correm bem diante dos meus olhos quando olho pelas janelas. Ver as pessoas, poder admirá-las em suas diferenças e fantasiar sobre elas, também me é prazeroso. Há uma negra tão linda sentada à minha diagonal esquerda que, com certeza, teria sido estrela de Hollywood caso fosse descoberta. Na minha outra diagonal, há um velhinho de olhos baixos, segurando um envelope de exames. Eu me pergunto: Que exames seriam esses?

Acredito que a beleza das pessoas está na natureza delas, e acredito nisso de verdade, com todo o meu coração; não falo da boca para fora. Cada uma delas tem uma história, uma estrada, um brilho diferente.

O trem corre, as ruas se desmancham, as pessoas Vêm e vão. A vida passa e, algumas vezes, conseguimos nos manter vivos. O senhor Hugo Chávez morreu hoje. E eu estou viva para contar sobre sua morte. Eu vi Chávez governar, polemizar, adoecer, padecer e morrer. Eu vi a segunda torre do World Trade Center explodir ao vivo. Eu vi o Osama e o Sadam receberem um troco de mesma moeda. Provavelmente vou ver o príncipe William ser rei, e espero poder ver Cuba ser uma país livre. E o mais importante: Vejo o metrô ir e vir todos os dias. E a cada dia desse, percebo que a História que vemos como disciplina nos livros da escola é construída bem diante dos nossos olhos. O senhor Chávez é história. Eu sou história. Você é. Essas pessoas do metrô também. Somos.

sexta-feira, 1 de março de 2013

A Vênus Desconstruída

A Vênus Desconstruída
É a deusa do amor despedaçado
Tem rosto de anjo,
corpo de carne moída
e síndrome de São Sebastião

Possui a clara pele rasgada
Pelas duas flechas que carrega no peito
O coração, sempre dilacerado 

Pulsa um sangue cor de rosa
Que inunda corpo, alma e face

Uma deusa sem poderes supremos
Não possui dons sobrenaturais
Roga pelo amor soberano 

Ora pela cura das cicatrizes
Sofre pelas idealizações irreais


Vênus
Santa
Afrodite inversa 

Talvez, somente,
A virgem Maria. 
Tudo o que tu levas nessa vida são memórias. Memórias de coisas que se foram e que jamais voltarão. Memórias de momentos.  Eles arrancaram a sua pele, sujaram, limparam, fizeram brilhar, elevaram, destruíram, reconstruíram; fizeram de ti quem tu és. Mas não existem mais. Permanecem através de reminiscências, mas por mais que tu tentes agarrá-los de uma forma que os proíba de ir embora, eles vão. O único rastro deixado por eles, são as memórias. 

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Lucky

Poemas escritos para Lucky, meu cachorro, roubado em 2003. Mantive os erros.

Lucky 

Teu nome me disse sorte
Coisa que vai além das fronteiras do norte
Contigo, convivi pouco
Mas logo gostei de ti.

Contigo eu me divertida,
Ria, cheia de euforia
Te amava como se fosse só meu!

Branco, labrador
Em seus olhos verdes, eu me via,
e só sentia alegria

Junto de ti pela trilha,
fazia de ti um membro
de minha família!

Ó, Lucky, furtaram-te!
Que alma maléfica o fez?
Deixaram-me triste, chorando
Não entendo!

Não sei onde estás
Porém, rezo por ti,
meu tão maravilhoso amiguinho!

Não sei onde estás
Nem conho,
Também não sei se voltarei a revê-lo
Mas estarás sempre em minha memória
Doce sorte!
Querido Lucky
Estarás sempre em minha memória
E em meu coração.

-

Teus olhos

Te vi...
Mergulhei em teus olhos verdes!
Verdes e doces como teu nome
Como a sorte!
Lucky, em teus olhos, eu me vi
Me senti tão leve
Quando vi teu pelo branco
Como a neve!

Oh, Lucky! Te Perdi!
Onde estás?
Ainda te vejo correndo comigo!
Ainda ouço o teu latido!
Ainda vejo o sol iluminando
Teus olhinhos verdes,
Doces como o amor.

Por sua beleza e alegria,
tantos conquistou
Conquistou tanto,
que não se contentaram em vê-lo feliz comigo...
Levaram-te com eles!

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Teus Olhos


Teus olhos
Tão agressivos
Tão famintos e abusivos
Que vez em quando
Tornam-se serenos
Em busca de descansar
Dos reflexos monstruosos
Tortuosos
Que são obrigados a encarar