sexta-feira, 27 de abril de 2012

Undertow


Your brown eyes are my blue skies.
They light up the river that the birds fly over.
Better not to quench your thirst.
Better not to be the first one diving in,
though you caught me and you know why
they breathe in the deepest part of the water.

What's the matter? You hurt yourself?
Opened your eyes and there was someone else?
Now i've got you in the undertow.
Now i've got you in the undertow.
Why you wanna blame me for your troubles?
Ah ah ah you better learn your lesson yourself.
Nobody ever has to find out what's in my mind tonight.

Let tonight pass us by.
Do you really want to be the one to fight?
And i said "You're better not to light that fire.
It will take you to the darkest part of the weather."

What's the matter? You hurt yourself?
Opened your eyes and there was someone else?
Now i've got you in the undertow.
Now i've got you in the undertow.
Why you wanna blame me for your troubles?
Ah ah ah you better learn your lesson yourself.
Nobody ever has to find out what's in my mind tonight.
Nobody ever has to find out what's in my mind tonight.

Nobody in my mind. Nobody in my mind.
I feel it in my heart tonight.

I laid on the floor, pressing in my eyes.
Seeing little lights.
These are the decisions that only one could make
I wanted to stay home but i went running running running running from the troubles
runningrunningrunningrunningrunningrunningrunning

What's the matter? You hurt yourself?
Opened your eyes and there was someone else?
Now i've got you in the undertow
Now i've got you so
why you wanna blame me for your troubles?
Ah ah ah you better learn your lesson yourself.
Nobody ever has to find out what's in my mind tonight.
Nobody ever has to find out what's in my mind tonight.

terça-feira, 24 de abril de 2012

De repente tudo desmoronou. Pela primeira vez em anos eu estava conseguindo contornar (dentro dos meus limites) meus problemas superficiais e a apreciar o castelo que eu estava construindo. Não estava perfeito, mas estava indo bem; de certa forma, estava bonito.

Mas esse castelo desmoronou. Desmoronou com algo que não posso controlar, e com uma dor que vai além do que as minhas costas são capazes de suportar. De repente todos os problemas parecem tão superficiais, pareço ter sofrido por tantas bobagens, coisas sem valor e fundamento... Agora o que realmente me importa na vida está em jogo e eu não sei o que fazer, na verdade, não há o que fazer. Como vou esperar todos esses dias, como esboçar uma falsa tranquilidade sendo que o ar está tenso? Eu só queria poder escapar, dormir, apagar, e acordar quando a resposta para isso tudo já estivesse em mãos.

Eu sempre tive medo das coisas, sempre fui frágil, receiosa. Minha síndrome do pânico nunca fez questão de se esconder, mas no final das contas, acabei lindando bem com as coisas ruins que eu era obrigada a passar. Mas dessa vez, eu não tenho a menor condição. Não é algo que consiga me fazer forte, pelo contrário, é algo que só me traz dor, angústia e desespero. E é a pior dor todas, a dor que por toda a minha vida eu tive mais pavor de sentir.

Tantas emoções lindas que vivi poucos dias atrás.. Tudo parece ter ido por água abaixo, minha vida parece ter tomado apenas um único rumo: o da espera angustiada.

O Deus que eu acredito talvez não escuta o que a gente diz. Mas se escutar, eu peço que por favor me livre, NOS livre desse sofrimento. Amém.

domingo, 15 de abril de 2012

 You were so beautiful that night. You are always beautiful, but I've never seen someone so shinny as you were that night; it impressed me so much that I can still feel the atmosphere that sourrounded you that day. I've never seen in my entire life such wonderful eyes as yours. Your eyes, your hair, your smile and even your hands were tuned. As we sat on that banch, I woke up inside of myself one more time, like you always make me do. It was the first time I realized that I don't need to be part of any fucking social standard to be a real person. YOU made me see that. I felt like you were setting me free one more time. You make me feel free, you  set my soul free. I'm always afraid of losing you, but if one day it happens, I will be already grateful about everything you said, everything you made me feel. I can't control life, I can't control anything, but I'm sure I'll remember you in my deathbed. I know that  you're one of the most important people I will ever 'have' in life, and believe me... even if it hurts me so much, i'm VERY proud of it. 

sábado, 14 de abril de 2012

Eu guardo todas as nossas coisas com carinho. Tudo o que vocês me disseram, todos os momentos, palavras, olhares, enfim... Tudo que fez a importância imensa de vocês ser construída na minha vida está aqui; tudo bem guardado, afinal, são as maiores relíquias que tenho na vida. É tanta coisa linda espalhada por aí, que quase (QUASE) me sinto uma sortuda em poder guardar tudo isso. De certa forma, muito obrigada!

sexta-feira, 13 de abril de 2012

A noite chega e é inevitável. Aquela garota que conseguiu se manter intacta por dias, se vê quebrada novamente, como um pedaço de vidro velho. Os cabelos presos, bagunçados e sem vida; os olhos mareados de lágrimas, um corpo estranho habitando uma peça de pijama velho, blusa não combinando com o short; o retrato do fracasso juvenil.

Será tão difícil manter uma linearidade? Por que, por que existe tanto peso naqueles que a rodeiam, porque é tão difícil dessalinizar o peso das relações, manter uma mente livre, limpa e saudável? Por que tanta dependência de afeto, por que tantos gritos internos, eternamente sufocados em uma cara fechada e irredutível?

Finais de noite costumam ser sempre iguais para aquela garota, desde que era bem jovenzinha. Ela costuma pegar um bloco de papel, uma caneta, e começa a rabiscar desenhos sem significados e palavras soltas, que quando se unem, fazem sentido apenas para ela. Aliás, para quem mais faria sentido aquilo que só existe dentro dela? Será possível expor o que as entranhas escondem, de modo compreensível e significativo para alguma outra pessoa?

Ela passa por diversas músicas, diversos artistas... Mas nessas noites, ela costuma parar no velho Radiohead e ficar por ali mesmo, imersa na voz de Thom Yorke, repetindo continuamente que não quer alarmes e nem surpresas, por favor. O Radiohead que embala a mente que habita aquele corpo estranho, quase um microorganismo patogênico, diferente daqueles bilhões de outros que existem por aí, está presente agora, e esteve presente antes, diversas vezes. É uma cena que parece se repetir eternamente, que nunca terá um fim.

O recalque, muitas vezes (ou quase sempre) vem acompanhado de um sintoma. Dores no estômago, empolações na pele, choros sem causa aparente. Tudo por causa de um elemento dominante, tão insuportável como um demônio e tão necessário como oxigênio: o afeto. O que fazer com esse afeto espalhado, garota? Juntar tudo e colocar em um lugar só? Não, concentrar o afeto só faz o coração doer mais ainda. Dividir esse afeto de forma saudável? Talvez. Como?

No final das contas, essa jovem mulher se vê novamente no mesmo lugar que estava anos atrás, enquanto observava o céu alaranjado de dezembro pela janela aberta de seu quarto, estirada ao chão, deixando as lágrimas que caíam pela lateral de seu rosto inundarem o chão que sustentava sua pele pálida e seu corpo quase nu. Por que essas memórias insistem em invadir o coração dessa garota quando ela se vê sozinha? É como uma porta frequentemente arrombada, e que possui as laterais completamente gastas.

Onde estão vocês agora? Onde?

quarta-feira, 11 de abril de 2012

- Não fiz nada para isso, não foi algo que eu busquei.

-Sim, você não fez nada; apenas permitiu que acontecesse. 

Escolha.

Uma das coisas mais crueis, dolorosas e difíceis da vida, com certeza é a escolha.
Vivemos tendo que escolher, independente de qual seja o teor das escolhas. Por que não podemos ter tudo, sem ter que, simplesmente, escolher? Porque não podemos.
É uma dor infindável ter que mirabolar qual seria o poder que outra escolha nos daria, é uma dor imaginar qual seriam as circunstâncias em que você estaria agora, se tivesse optado por outras coisas na vida. Às vezes, o motivo de uma escolha não é nem mesmo o querer, mas o medo do desafio, o medo do novo, o medo de uma possível saída da zona de conforto. Mas não é mesmo difícil jogar tudo que já foi conquistado para o ar, sem que haja uma preocupação com as consequências que envolveriam não apenas você, mas outras pessoas?

Ninguém está livre da escolha e das consequências dela. E ela dói de todas formas, afinal, toda escolha é um desafio.