segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

I'm looking through you,
Where did you go?
I thought I knew you,
What did I know?
You don't look different,
But you have changed.
I'm looking through you,
You're not the same.
Your lips are moving,
I cannot hear.
Your voice is soothing,
But the words aren't clear.
You don't sound different,
I've learnt the game.
I'm looking through you,
You're not the same.
Why, tell me why,
Did you not treat me right?
Love has a nasty habbit of dissapearing over night.
You're thinking of me,
The same old way.
You were above me.
But not today.
The only difference,
Is you're down there.
I'm looking through you,
And you're nowhere.
Why, tell me why,
Did you not treat me right?
Love has a nasty habbit of dissapearing over night.
I'm looking through you,
Where did you go?
I thought I knew you,
What did I know?
You don't look different,
But you have changed.
I'm looking through you,
You're not the same.
Yeah, baby you've changed.
I'm looking through you...
Perda.

Pior do que perder alguém que morreu, é perder alguém que ainda vive. A perda é aquela visita indesejada, que traz a insegurança, o medo, a tristeza e o desespero junto com ela. A perda tem uma cara pálida, amarelada, feia, soturna, cadavérica...Ela é capaz de sufocar a nossa alma por dentro, picar o nosso coração de deixar os restos dele jogados em um lixo qualquer, humilhados, sem o direito de bater novamente. Quando essa infeliz senhora nos toca, não temos muitas alternativas, a não ser aceitar o toque doloroso e gélido, e seguir a vida da maneira que nos for possível.

A perda consegue ser pior do que a saudade, afinal, a saudade quase sempre é recorrente dela. Não adianta gritarmos, espernearmos, sufocarmos, morremos por dentro... A perda não trás de volta, não tem compaixão, não é humilde e nem delicada; ela fere mesmo, nos deixa sangrando, e não faz a menor questão de limpar a bagunça que faz.

Gostaria eu de poder detê-la. Gostaria eu de poder deixar comigo, de forma intacta, tudo aquilo que me faz ser um ser humano mais completo. Mas eu não possuo esse controle, e tampouco chegarei a possuir algum dia. Sou obrigada a deixar a senhora perda me tocar, e muitas vezes, me esquartejar.