domingo, 27 de novembro de 2011

Enfim, Férias!

É esse o grito que eu espero, durante todo o semestre, poder dar.
Enfim, férias!
Férias do acúmulo de exercícios, férias das pessoas que sou obrigada a conviver diariamente (o que nem sempre é de todo ruim), férias de acordar cedo, férias dos afazeres. Acontece, que quando a mente descansa do que a rotina nos impõe, ela passa a trabalhar em cima daquelas coisas que somos obrigados a conviver independente do dia-a-dia.

Aqui estou, mais uma vez, plantada na frente desse computador em uma noite de Novembro. Quantas milhões de vezes esta mesma cena não se repetiu, sempre acompanhada de sentimentos de perda e de solidão? Às vezes, esses sentimentos de perda são capazes de me sufocar - ou quase. Parece que a cada dia que passa, as perdas são maiores. Parece que a cada ano eu fico mais afastada daquela que eu gostaria que fosse minha realidade. Como se não bastasse o tempo roubar da gente os nossos melhores momentos, ele também é capaz de nos roubar as pessoas.

As férias trazem esse sentimento de vazio, de ausência, de perda. Não que eu realmente possua algo, de fato, dentro da minha rotina; mas essa mente ociosa me faz viajar para épocas onde tudo era diferente, onde eu me sentia capaz de tudo. Parece que meu universo se distorceu por inteiro durante todo esse tempo, e hoje, não sou capaz de nada.

sábado, 19 de novembro de 2011

Feliz Aniversário.

Feliz Aniversário;

Isso era o que eu queria poder desejar a você, no dia de hoje. Gostaria de olhar nos seus olhos e dizer "parabéns a você, nesta data querida, muitas felicidades, muitos anos de vida" e, em seguida, lhe dar um longo e carinhoso abraço, afinal, é assim que os bons amigos fazem, não é verdade?

Bons amigos. Fomos muito mais que isso em um período de nossas vidas. Fomos, basicamente, a razão do existir um do outro. Em pouco tempo, eu me tornei o seu porto seguro, e seu ponto de luz; e você se tornou minha redenção. Vivenciamos uma linda história de amor juvenil, digna de um filme da sessão da tarde, mas a tórrida paixão que tomava conta de nós, não era tão juvenil assim...

Posso me lembrar do seu cheiro, e da maneira que ele ficava grudado em mim quando nos abraçávamos. Seu abraço era quente e confortável. Nos encaixávamos perfeitamente bem no corpo um do outro devido às proporções de nossos pequenos tamanhos. Eu conhecia seu toque, seus braços, seus traços. Eu conhecia o cheiro que ficava impregnado em mim enquanto eu voltava para casa caminhando, e pensando em você.  Me lembro do seu hálito de halls ou de trident azul. Até hoje esses sabores me trazem uma enorme nostalgia.

Para mim, você possuía o sorriso mais bonito do mundo, os olhos e sobrancelhas mais lindos que eu conhecia, Eu via em você um homem... Um homem que concretizaria todas as minhas perdições, embora ainda fosse um jovem menino, não tão corrompido com as loucuras da sociedade.

Ainda se fosse hoje, eu reconheceria a textura das suas mãos, e a maneira como vorazmente seguravam as minhas. Às vezes, quando você segurava a minha não, eu tinha a impressão de que nunca mais a soltaria.

Eu não era capaz de compreender você.  Havia tanto amor entre nós, que até mesmo pessoas que eu mal conhecia tinham certeza de que éramos namorados. E não éramos. Nunca, em nossas vidas, trocamos um único beijo apaixonado sequer; embora não me faltassem impulsos para isso. Às vezes eu sentia que você brincava comigo, mas ao ver seu iluminado rosto em prantos, me pedindo para não ir embora, tive a certeza de que tínhamos um elo muito forte. Ninguém nunca chorou por mim daquela forma, na minha frente, sem medo de me deixar saber quão grandes eram os sentimentos que o envolviam. E tenho certeza de que isso nunca voltará a acontecer. Ninguém irá chorar por mim daquela forma, novamente.

Eu tinha certeza de que éramos eternos. Poderíamos permanecer como amigos, mas eu tinha certeza que a chama que havia entre nós nunca acabaria. Certezas que morreram, ao longo do tempo.

Você me disse 'eu te amo' com força, sem medo. Havia vontade nas suas palavras. E meu coração explodia ao ouvi-las. Éramos dependentes do amor um do outro, e eu não queria, por nada desse mundo, me separar de você. Acho que você é o responsável por grande parte das mudanças que ocorreram em mim durante todo esse tempo. Se eu não tivesse você a perder, talvez teria ficado em meu caminho, e me tornado menos medíocre naquilo que eu fazia.

Enfim, hoje é seu aniversário. Eu gostaria de desejar toda a felicidade do mundo a você, por mais que eu não tenha esperanças de te ver novamente, um dia. Ocasionalmente, talvez, mas não tenho a ilusão de que eu vá te abraçar novamente sem essa parede de concreto que foi criada entre nós, pelo tempo.

Eu me esforcei. Eu tentei de todas as formas te manter na minha vida. E ainda tento, afinal, da minha vida você não foi embora, apesar de você já ter me expulsado, elegantemente, da sua, há muito tempo. Eu não entendo o por que da chama ter se apagado, mas tenho consciência de que nada disso dependeu de mim.

Nunca me esquecerei dos trechos de música que você me enviou. Sim, aqueles.
Você jurou que me amaria mais, mas eu sabia que não era a verdade.

Muitas felicidades para você, e muitos anos de vida.

Deus te abençoe.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Meu desejo de parar de sentir é tão forte, que talvez um dia eu consiga.
Quero ser indiferente. Sem expectativas, sem frustrações, sem ilusões, sem tristezas, sem solidão. 
Quero parar de acreditar em todas essas mentiras sem fundamentos que me contam.
Afinal de contas, o que é a vida, se não uma grande mentira com um grand finale extramamente previsível?
Ao longo da vida, são muitas as pessoas que escrevem na última folha desenhada do seu caderno adolescente: "Conte sempre comigo!". Durante as festas, momentos de diversão, são muitos os abraços e as palavras de carinho e afeto: "Te amo, velho! Vou estar sempre aqui para você, nunca se esqueça!". Também são inúmeras as declarações de amor eterno diante do sol nascendo: "Vou te amar para sempre."

São tantas palavras, tantas promessas, tanta intensidade fajuta, que ela acaba se perdendo com o vento, com o tempo. Os escritos do caderno vão embora assim que ele se perde no fundo de um armário antigo; as palavras de afeto ditas durante as festas se acabam pouco depois que a diversão termina. E o 'vou te amar para sempre' se apaga quando o sol se põe novamente.

No final das contas, nada passou de ilusões construídas. Pura banalidade acreditar nisso tudo, nessas mentiras que as pessoas contam (sem pensar) o tempo intero. Todo mundo vai embora, e no fundo, a verdade é que ninguém se importa. E por que deveriam se importar? Todos possuem uma vida independente da existência de outrem. Eu deveria aprender isso. Passam os anos, os dias, as horas, e eu continuo aqui, batendo com a cara no chão por não ter aprendido antes.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

- Minha carência é muito mais espiritual do que física.


- Já a minha carência, é inteiramente musical.

sábado, 5 de novembro de 2011

Estamos em uma dimensão diferente.
Eu estou na minha dimensão verde-musgo com rajadas cinzentas, enquanto você está na sua dimensão cheia de cores festivas.
É difícil fazer uma comunicação entre duas dimensões tão distantes uma da outra, mas as nossas almas ainda são capazes de se comunicar.

Enquanto houver tudo isso que pulsa aqui dentro - todas as lembranças de uma época que não volta mais, mas que ficou marcada em nós; todos os momentos que nada poderá apagar e todas as coisas boas que já fizemos um para o outro - estaremos juntos.

Não importa a sua dimensão, e não importa a minha.
Fique bem, amigo.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

O que foi que aconteceu comigo? Outro dia, nessa mesma época do ano, eu era uma garotinha extremamente viva que adorava tomar chuva com os amigos na porta do colégio.Eu adorava a hora do 'recreio', a hora da saída, eu adorava o fato de ter uma adolescência inteira pela frente, um mundo de oportunidades e momentos para serem desfrutados.
Eu tinha amores platônicos e escrevia cartas que nunca seriam entregues. Eu acreditava nas verdades emocionais criadas por mim, sobretudo, criadas por meu coração.
O frio da chuva gelada não me incomodava, desde que eu pudesse observar os gêmeos de longe; eles não faziam ideia de como eu gostava deles! Enquanto um se escondia da chuva, o outro se molhava inteiro. E eu ria, pensando como podiam ser tão fisicamente iguais e tão diferentes psicologicamente. Quase morro de saudades deles, quase morro de saudades daquilo tudo. Onde foi que eu me perdi? Ou será que foi o tempo que me perdeu?