terça-feira, 12 de julho de 2011

Vinte anos, santos e rosas.

Vinte anos nas costas
Vinte santos na prateleira
Vinte rosas despedaçadas.

Os anos cruéis retornaram
Os santos, milagres não fazem mais
E as tais rosas, coitadas, já estão mortas.

Não há nada a ser feito
As rosas estão negras, secas, pútridas
E os santos, visitas não recebem mais.

Basta um olhar pela janela
E toda angústia que um dia se disse finita
Está presente, possuindo o aquele peito.

De onde resgatar a esperança
Se as rosas, dela preenchida
Se encontram apagadas, falidas?

De onde resgatar o aroma da paz
Se os santos caíram do céu
E não podem mais voltar atrás?

Santos quebrados por dentro
Santos opacos, abandonados
Santos esquecidos, largados.

Rosas que já foram vermelhas
Estão negras, cadavéricas
Estraçalhadas, desmanchadas.

Anos que já tiveram esperança
Estão desiludidos, estagnados
Esperando pela dor, resignados.

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