sábado, 3 de dezembro de 2011


Eu tenho a alma hippie, em essência, ainda que o movimento hippie tenha acabado há mais de trinta anos. Gostaria de ter o espírito livre, mas tenho total consciência de que necessito trabalhar muito para conseguir a liberdade do meu espírito. Apesar de ainda ser presa dentro de mim, aprecio a natureza e a respeito como uma semelhante a mim. Os animais são como irmãos; merecem todo carinho, cuidado e amor do mundo. Assim como as plantas, os minerais, o sol, o vento. Não tenho medo de viajar, pois aprecio o novo: novas culturas, novas paisagens, novas pessoas, novas estradas. Não tenho medo de interagir com as pessoas, não importa qual seja a idade delas. Acho que todos têm algo a  ensinar, por menor que possa parecer essa possibilidade. O mundo é bonito, cheio de cores, cheio de momentos desejosos de serem capturados para sempre, para dentro de nossa memória e coração. Basta abrir a mente e correr até eles; afinal, eles estão logo ali.
-


Apesar de ter a alma essencialmente hippie, há algo de punk dentro de mim. Eu gosto do caos, da desordem. Gosto de paredes riscadas com frases pesadas, porém realistas. Gosto de olhos borrados de maquiagem escura, pois eles passam uma ideia de profundidade; essa maquiagem escura é capaz de aprofundar até mesmo os olhos que já vieram ao mundo extremamente profundos. Gosto de palavras, imagens e músicas que me fazem queimar por dentro. Eu só mantenho qualquer tipo de relacionamento com aquilo que me faz ferver, queimair. O morno não me atrai e a perfeição me enjoa. Sou um paradoxo, ou seria melhor dizer que sou uma antítese? Sou dois em um. Não acredito na humanidade, ao mesmo tempo em que acredito desesperadamenet. Acredito que não há solução, embora eu esteja sempre procurando a solução. Sou hippie e sou punk. Sou claro e sou escuro. Sou Yin e Yang. Sou muitas misturas, mas sem nunca apagar meu fogo.

Um comentário: