sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Tio...

Do nada você veio à minha mente, Tio. Já faz um tempo que eu estou tranquila em relação à sua partida, mas de vez enquando me bate aquela tristeza no coração, aquela saudade suave - porém arrebatora- que eu sei que nada será capaz de curar.

Fico muito triste em saber que não vou poder vê-lo novamente, nem escutar sua risada incrível, e nem os seus deliciosos casos com muita modéstia à parte. Sei que as lembranças positivas são predominantes, mas a grande tristeza da partida sem volta sufoca a minha alma. Não suporto essas partidas. Elas me doem, me consomem. Eu não sei lidar com a morte. Muito menos com a morte de uma das pessoas mais vivas que eu já conheci.

Pois é, Tio... Já se foi quase 1 ano e eu ainda derramo lágrimas ao me lembrar que não me despedi. Não disse adeus. Não pude dizer o quanto eu o amava, e o quanto a sua presença era importante no meu mundo de felicidades. Eu sofro tanto por não ter respondido aquele e-mail, tio... E me dói tanto lembrar da grafia do último e-mail que você mandou ao papai... É uma explosão de sentimentos que parecem querer me afogar a qualquer momento. Eu queria tanto poder dizer um montão de coisas, poder te abraçar mais uma vez... Que saudade eu sinto de abrir a caixa de e-mail de papai e ver o seu nome estampado, sempre com boas notícias...

Qual o sentido disso tudo, Tio? Outro dia você estava ali, cheio de vida, escrevendo artigos na sua máquina de escrever, encantando seus alunos, transformando em uma comédia voluptosa todos os ambientes pelo qual passava. E não vou mais te ver. Nunca mais. E isso me dói tanto... Se ao menos eu pudesse ter me despedido! =//

Eu te amo muito, e tenho muita sorte por tê-lo tido em minha vida.

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