Enfim, ele tomou coragem. Esperava por esse momento havia muito tempo. E se não fosse agora, olhando diretamente nos fundos olhos verdes dela, não seria nunca mais. Antes mesmo de dizer uma só palavra, já ruborizava. Estufou o peito, encheu-no de ar e finalmente tomou coragem para dizer:
- Eu gosto de você. Gosto muito.
Ela não modificou a expressão facial que carregava. Colocou uma madeixa de cabelo para trás da orelha, e sem parar de encará-lo, numa espontaneidade extremamente vazia, ela respondeu, enfática:
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