segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Enfim, ele tomou coragem. Esperava por esse momento havia muito tempo. E se não fosse agora, olhando diretamente nos fundos olhos verdes dela, não seria nunca mais. Antes mesmo de dizer uma só palavra, já ruborizava. Estufou o peito, encheu-no de ar e finalmente tomou coragem para dizer:

- Eu gosto de você. Gosto muito.

Ela não modificou a expressão facial que carregava. Colocou uma madeixa de cabelo para trás da orelha, e sem parar de encará-lo, numa espontaneidade extremamente vazia, ela respondeu, enfática:

- Eu não gosto de ninguém

Nenhum comentário:

Postar um comentário