Ao longo da vida, são muitas as pessoas que escrevem na última folha desenhada do seu caderno adolescente: "Conte sempre comigo!". Durante as festas, momentos de diversão, são muitos os abraços e as palavras de carinho e afeto: "Te amo, velho! Vou estar sempre aqui para você, nunca se esqueça!". Também são inúmeras as declarações de amor eterno diante do sol nascendo: "Vou te amar para sempre."
São tantas palavras, tantas promessas, tanta intensidade fajuta, que ela acaba se perdendo com o vento, com o tempo. Os escritos do caderno vão embora assim que ele se perde no fundo de um armário antigo; as palavras de afeto ditas durante as festas se acabam pouco depois que a diversão termina. E o 'vou te amar para sempre' se apaga quando o sol se põe novamente.
No final das contas, nada passou de ilusões construídas. Pura banalidade acreditar nisso tudo, nessas mentiras que as pessoas contam (sem pensar) o tempo intero. Todo mundo vai embora, e no fundo, a verdade é que ninguém se importa. E por que deveriam se importar? Todos possuem uma vida independente da existência de outrem. Eu deveria aprender isso. Passam os anos, os dias, as horas, e eu continuo aqui, batendo com a cara no chão por não ter aprendido antes.
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