Não era difícil ver os olhos daquela menina piscarem como asas de borboleta, lacrimosos. As lágrimas ficavam um tempinho presas lá dentro, antes de descerem pelo rosto afora, silenciosas.
Ela era tão pura e doce. Às vezes o seu interior era mal interpretado pelas almas corrompidas que a tocavam, mas ela era tão límpida que seu sangue podia ser confundido com o de um unicórnio.
Mas as pessoas nunca souberam lidar com algo tão puro, e fizeram questão de manchar o coraçãozinho dourado daquela menina. Hoje, estão construindo edifícios de concreto dentro dela. Quem sabe dessa forma ela chora menos?
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